Sem nova
proposta da Fenaban, bancários decidem manter greve
- 13/09/2016 20h18
- São Paulo
Elaine
Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
"Nossas
reivindicações podem ser atendidas pelo
setor mais lucrativo do país”, diz a
presidenta do Sindicato
dos Bancários de São Paulo, Osasco e
Região, Juvandia MoreiraRovena Rosa/Agência Brasil
Em reunião nesta tarde, a
Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou proposta, e o Comando
Nacional dos Bancários decidiu manter a greve da categoria. Segundo o Sindicato
dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na quinta-feira (15), haverá nova
reunião a partir das 16h.
“Os bancos chamaram para uma
negociação e não apresentaram nenhuma nova proposta para a categoria nesta
terça-feira [13], um desrespeito com os trabalhadores e a população. Eles
insistem em impor reajuste abaixo da inflação, com perda real. Cobramos também
que parem com as demissões. Nossa greve vai crescer, a cada dia, porque sabemos
que nossas reivindicações podem ser atendidas pelo setor mais lucrativo do
país”, disse a presidenta do sindicato, Juvandia Moreira.
Em nota, a Fenaban confirmou não
ter apresentado nova proposta aos bancários. Segundo a federação, a rodada de
negociação de hoje discutiu possibilidades a serem avaliadas para um acordo.
Na última sexta-feira (9), a
Fenaban ofereceu aos bancários reajuste de 7% nos salários e benefícios e abono
de R$ 3,3 mil, a ser pago 10 dias após a assinatura do acordo. “A nova proposta
resulta numa remuneração superior à inflação prevista para os próximos 12
meses, com ganho expressivo para a maioria dos bancários.”
Os bancários, no entanto, pedem
reajuste de 14,78% (5% de aumento real, mais a correção da inflação), 14º
salário e participação nos lucros e resultados de R$ 8.297,61, entre outras
demandas.
A greve dos bancários começou
terça-feira passada (6). Segundo o sindicato, 1.048 locais de trabalho
mantiveram-se fechados nesta terça-feira em São Paulo e Osasco, e houve adesão
de 39 mil trabalhadores ao movimento.
A Fenaban não divulgou balanço da greve.
A Fenaban não divulgou balanço da greve.
Edição: Nádia
Franco
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