quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Ainda a greve dos bancos



Greve dos bancários atinge 74,5% das agências de Belo Horizonte


  • 28/09/2016 18h38
  • Belo Horizonte
Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil
Balanço divulgado hoje (28) pelo Sindicato dos Bancários de BH e Região revela que a greve dos bancários chega ao vigésimo terceiro dia atingindo 74,5% das agências da capital mineira e de outros 54 municípios. O dado demonstra um leve crescimento do movimento na última semana. Na quarta-feira (21), a adesão chegava a 73,5%.

Atualmente, estão paradas 563 das 753 agência de Belo Horizonte e das demais 54 cidades. Mais cedo, foi realizado um ato em frente a uma agência do banco Santander, no bairro Barro Preto.

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"A greve está forte, mas infelizmente os baqueiros ainda não se sensibilizaram. Estamos torcendo para que apresentem uma proposta que dialogue com a nossa pauta", disse Clotário Cardoso, diretor do sindicato.

Esta é a terceira greve mais longa desde 2004, quando a paralisação chegou a 30 dias. Em 2013, a segunda maior do período, a greve durou 24 dias. O Comando Nacional dos Bancários segue em negociação com a Federação dos Nacional dos Bancos (Fenaban).

Os trabalhadores querem um reajuste de 14,78%, piso no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24) e vales-alimentação e refeição, além de auxílio-creche no valor do salário mínimo nacional (R$ 880). Também reivindicam pagamento de décimo quarto salário e fim das metas abusivas e do assédio moral.

Edição: Armando Cardoso


terça-feira, 20 de setembro de 2016

Banqueiros privilegiados



Sem nova proposta da Fenaban, bancários decidem manter greve
  • 13/09/2016 20h18
  • São Paulo
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

 "Nossas  reivindicações  podem  ser  atendidas  pelo  setor  mais  lucrativo  do  país”,  diz  a  presidenta  do  Sindicato  dos  Bancários  de  São  Paulo,  Osasco  e  Região,  Juvandia  MoreiraRovena Rosa/Agência Brasil

Em reunião nesta tarde, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou proposta, e o Comando Nacional dos Bancários decidiu manter a greve da categoria. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na quinta-feira (15), haverá nova reunião a partir das 16h.

“Os bancos chamaram para uma negociação e não apresentaram nenhuma nova proposta para a categoria nesta terça-feira [13], um desrespeito com os trabalhadores e a população. Eles insistem em impor reajuste abaixo da inflação, com perda real. Cobramos também que parem com as demissões. Nossa greve vai crescer, a cada dia, porque sabemos que nossas reivindicações podem ser atendidas pelo setor mais lucrativo do país”, disse a presidenta do sindicato, Juvandia Moreira.

Em nota, a Fenaban confirmou não ter apresentado nova proposta aos bancários. Segundo a federação, a rodada de negociação de hoje discutiu possibilidades a serem avaliadas para um acordo.

Na última sexta-feira (9), a Fenaban ofereceu aos bancários reajuste de 7% nos salários e benefícios e abono de R$ 3,3 mil, a ser pago 10 dias após a assinatura do acordo. “A nova proposta resulta numa remuneração superior à inflação prevista para os próximos 12 meses, com ganho expressivo para a maioria dos bancários.”

Os bancários, no entanto, pedem reajuste de 14,78% (5% de aumento real, mais a correção da inflação), 14º salário e participação nos lucros e resultados de R$ 8.297,61, entre outras demandas.

A greve dos bancários começou terça-feira passada (6). Segundo o sindicato, 1.048 locais de trabalho mantiveram-se fechados nesta terça-feira em São Paulo e Osasco, e houve adesão de 39 mil trabalhadores ao movimento.

A Fenaban não divulgou balanço da greve.
Edição: Nádia Franco