Correios
contratam 2 mil pessoas para reforçar apoio logístico aos Jogos
- 06/08/2016 18h28
- Rio de Janeiro
Cristina
Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil
Mais de mil pessoas foram
contratadas pelos Correios, o operador logístico oficial dos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos Rio 2016. Do trabalho de armazenamento, transporte e entrega
trabalham ainda cerca de 300 empregados da empresa.
“Essas pessoas serão
desmobilizadas após a operação. O que fica são cerca de 280 a 300 empregados
que ganharam conhecimento durante este período e que serão utilizados nas
nossas operações de logística daqui para frente”, disse o vice-presidente de logística
dos Correios, José Furian Filho, em entrevista, hoje (6), no Rio Media Center,
na Cidade Nova, região central do Rio.
Furian afirmou que todos os itens
que compõem a mobília nos apartamentos da Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca,
zona oeste do Rio, foram transportados pela empresa, inclusive as roupas de
banho e de cama. A aquisição dos produtos ficou a cargo do Comitê Organizador
Rio 2016.
“A totalidade dos itens será
recolhida e dada a destinação. Alguns voltam para as suas origens, porque são locados,
e outros serão destinados como doação para órgãos de governo, prefeituras, de
estado e ministério. O Correio vai fazer a operação de retorno”, adiantou.
O
vice-presidente de logística dos Correios, José Furian FilhoCristina Indio do
Brasil/Agência Brasil
O vice-presidente informou que os
Correios são a primeira empresa de governo e operador de correio designada para
a operação de logística de Jogos Olímpicos. Nos eventos anteriores, o serviço
sempre foi feito por um operador privado. Por isso, em função da estratégia de
negócios da estatal brasileira, não seria permitido, que, no Brasil, outro
operador internacional fizesse a operação. “Na nossa estratégia está a
internalização. Para o correio brasileiro era fundamental demonstrar a
capacidade que nós temos de fazer operações complexas e de grande volume”,
disse. “A logística está no DNA dos Correios. É o que fazemos no nosso dia a
dia”, afirmou.
Como exemplo da capacidade dos
Correios em fazer a logística dos jogos, Furian Filho citou a distribuição de
150 milhões de livros do FNDE, do Ministério da Educação, para 150 mil escolas
nos 5565 municípios do Brasil. “Quem faz uma operação dessa envergadura tem
capacidade de fazer operação logística dos jogos que depende de muito cuidado
para que cada elemento seja colocado no seu devido lugar no tempo correto”,
ressaltou.
Paralímpicos
O esquema para atender os Jogos
Olímpicos também já está com o planejamento preparado. “Para os Jogos
Paralímpicos basicamente é a adaptação das arenas, porque sofrem modificações.
A maior parte das atividades ocorrem depois dos jogos por causa da retirada dos
produtos. Não há diferença do que foi feito até aqui”.
O executivo lembrou que a empresa
patrocina há 25 anos a Confederação de Desportos Aquáticos. Os atletas da
natação também tem patrocínio da estatal. O do tênis começou em 2008. A partir
de 2012, o handebol, que hoje venceu a Dinamarca por 31 a 28, passou a ter o
apoio.
“Essa é missão dos Correios:
ajudar o esporte brasileiro por meio de patrocínio. Também nestes patrocínios,
nós exigimos uma contrapartida social, ou seja, que cada confederação aplique
parte dos recursos em atividades sociais”, disse. Furian afirmou que os
recursos são usados na formação de jovens atletas de comunidades de renda mais
baixa.
Privatização
Sobre a possibilidade de
privatização da empresa. O vice-presidente disse que está é uma decisão de
governo e não diz respeito à diretoria dos Correios. “O governo tem que avaliar
a situação de governo, inclusive, não só a situação de Correio e tomar a sua
decisão. O que posso dizer é que a indústria postal, não só no Brasil, como no
mundo inteiro, é uma indústria de grande atividade e grande potencial. Como
falamos em logística, a maior parte dos correios de governos são utilizados
pelo próprio governo como estrutura para suas atividades e ou necessidades”,
indicou.
Além disso, lembrou que os
Correios são a única empresa presente fisicamente nos 5565 municípios do
Brasil. “Temos um papel social relevante, porque em quase 2 mil cidades deste
país, só o Correio está presente e só o Correio oferece, por exemplo, serviços
bancários a essas populações. O Correio é um agente integrador. A decisão de
privatizar ou não ou que modelo de privatização pode ser feito cabe
exclusivamente ao presidente da República, ao governo federal”, acrescentou.
Edição: Maria
Claudia
Tags
Nenhum comentário:
Postar um comentário