Máscaras
de Sérgio Moro e camisas da seleção marcam ato em Minas Gerais
- 13/03/2016 18h26
- Belo Horizonte
Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil
Manifestação em Belo Horizonte reuniu, segundo a
PM, cerca de 30 mil pessoasLéo Rodrigues/Agência Brasil
Muitas máscaras do juiz Sérgio
Moro, camisas da Seleção Brasileira, apitos e bandeiras do Brasil deram o tom
do ato contra o governo federal hoje (13) em Belo Horizonte. Os manifestantes
se concentraram às 10h na Praça da Liberdade, na região centro-sul da capital
mineira.
De dois carros de som, eram
organizados os discursos pelos líderes dos grupos Patriotas, Movimento Brasil
Livre e Vem pra rua, entre outros. O senador Aécio Neves também compareceu e
fez coro com os pedidos de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Silas Valadão, líder nacional do
Patriotas, defendeu a libertação do país da corrupção causada, a seu ver, pelo
Partido dos Trabalhadores (PT). "Nossos impostos estão indo para Brasília
para eles sustentarem a militância do partido, enquanto nós, brasileiros, temos
que viver com salário mínimo", disse.
Segundo Valadão, o ato era
apartidário e nenhum político foi oficialmente convidado, mas os parlamentares
que quisessem poderiam se pronunciar, da mesma forma que os demais presentes
que tivessem interesse em falar. Os deputados federais Domingos Sávio (PSDB) e
Laudívio Carvalho (SD) e os estaduais Sargento Rodrigues (PDT) e Gil Pereira
(PP) marcaram presença.
Havia também grupos com pautas
específicas. Um estande da Polícia Federal, por exemplo, recolhia assinaturas
de apoio para pressionar o Congresso Nacional a colocar em pauta a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 412. Tramitando desde 2009, a PEC busca dar
autonomia funcional e orçamentária à Polícia Federal.
"Os contingenciamentos de
verbas por decisão do Executivo não raro nos deixam sem recursos. Também é um
absurdo a Polícia Federal ser obrigada a informar ao Ministério da Justiça toda
que vez que for realizar uma operação de vulto", disse Rui Silva,
delegado da Polícia Federal.
Se uns saíram de casa para
protestar, outros aproveitaram e obtiveram uma renda extra. O vendedor Donizete
dos Reis, 43 anos, levou estoque de camisas da Seleção Brasileira, bandanas e
bandeiras que não foram comercializadas na Copa do Mundo de 2014. Ele conta que
faturou R$ 3 mil apenas pela manhã.
Segundo ato
De acordo com a Polícia Militar,
a Praça da Liberdade reuniu cerca de 30 mil pessoas. A manifestação começou a
se dispersar por volta das 13h e os organizadores convocaram os manifestantes
para um segundo ato, marcado para às 14h na Praça da Estação, região central de
Belo Horizonte. Uma forte chuva, porém, levou diversas pessoas a tomar outros
rumos.
Mesmo assim, depois que a chuva
diminuiu, um carro de som e um grande boneco inflável do ex-presidente Lula com
camisa de presidiário deram o tom desse segundo ato. O número de presentes,
porém, já era bem inferior.
Edição: Kleber
Sampaio