domingo, 27 de novembro de 2016

Crise sem fim



Renan afirma que Senado não votará anistia a caixa 2 de campanha eleitoral
  • 26/11/2016 20h26
  • Brasília
Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil

 
Renan Calheiros disse que Senado não votará proposta que anistia caixa 2 de campanhas eleitorais Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em meio à polêmica em torno da possibilidade de que a Câmara dos Deputados, na votação do projeto anticorrupção, aprove uma anistia ao caixa 2 de campanha, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (26), em nota, que a Casa não votará nenhuma proposta de “anistia de campanhas eleitorais”. Segundo Renan, a medida visa “poupar” o presidente da República de eventual veto ou sanção de proposta impopular.

“O Senado Federal tem uma pauta posta até o final do ano, fruto de um entendimento entre as lideranças de todos os partidos. Em razão dessa pauta, o Senado não vai votar qualquer projeto que envolva eventuais anistias de campanhas eleitorais, poupando o Senhor Presidente da República de veto ou sanção sobre matérias dessa natureza”, diz a nota assinada por Renan.

Entrevista neste domingo no Palácio do Planalto


Amanhã (27), domingo, o presidente Michel Temer e os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia, concederão entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Segundo assessores, eles irão reiterar que, caso o Congresso aprove anistia ao caixa 2, a proposta será vetada.

Na noite de ontem, o líder do PSD na Câmara, deputado Rogério Rosso (DF), por meio das redes sociais, afirmou que Temer prometeu que “vetará imediatamente” qualquer anistia a caixa 2 que possa vir a ser aprovada pelo Congresso.

Temer, que estava em São Paulo hoje pela manhã e voltou para Brasília à tarde, está reunido agora à noite, no Palácio do Jaburu, com o presidente da Câmara e o Secretário-Executivo do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Moreira Franco. A assessoria do Planalto não informou o assunto da reunião.
Edição: Kleber Sampaio

domingo, 13 de novembro de 2016

Já faz um ano...



Franceses lembram um ano dos ataques terroristas em Paris

13/11/2016 10h53
  • Brasília







Da Agência Brasil*
Várias homenagens estão ocorrendo hoje (13) em Paris, para marcar o primeiro ano dos ataques terroristas que deixaram 130 pessoas mortas na cidade. O presidente francês, François Hollande, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, irão visitar todos os locais que foram alvo dos ataques na capital francesa, entre eles o Stade de France e a boate Bataclan, onde 89 pessoas morreram.

Eram pouco mais de 21h de 13 de novembro de 2015 quando algo mudou para sempre em Paris. Carregado de explosivos, um homem-bomba detonou o próprio corpo nos arredores do Stade de France, onde a seleção da casa disputava um amistoso com a Alemanha, na presença do presidente François Hollande. Foi o início de uma noite que não sairá mais da memória dos franceses e que resultou em 130 mortes.

O único suposto terrorista ainda vivo, Salah Abdeslam, foi caputrado na Bélgica e está em uma prisão de segurança máxima na cidade francesa de Fleury-Mérogis e se recusa a colaborar.

Reação dos franceses
Depois daquela trágica noite, os parisienses reagiram, porém os primeiros meses foram difíceis. Todos conheciam alguém que estava no Bataclan ou nos restaurantes atingidos. Ruas e bares ficaram vazios, qualquer barulho inesperado causava pânico. Evacuações provocadas por alarmes falsos se tornaram rotina. O número de turistas no país diminuiu 10% em 2016, porém o setor começa a dar sinais de retomada.

O Bataclan, onde morreram 89 das 130 vítimas dos ataques, reabriu nesse sábado (12), com um show do cantor Sting.

Novos ataques
Em julho deste ano, um lobo solitário invadiu uma alameda fechada para pedestres em Nice, no Sul do país, e matou 86 pessoas lançando um caminhão contra milhares de pessoas. No mesmo mês, dois jihadistas entraram em uma igreja de Saint-Étienne-du-Rouvray, na Região Norte, e degolaram um padre, Jacques Hamel, em pleno altar. Durante esse período, a França viveu sob estado de emergência e na expectativa dos resultados do inquérito conjunto com a Bélgica.

*Com informações da Agência Ansa
Edição: Aécio Amado

sábado, 22 de outubro de 2016

Pela internet



Nos jornais, começa a corrida dos bancos digitais
Em nova campanha, Sofisa explora os mesmos elementos do concorrente Original e admite a busca da similaridade de forma bem-humorada




Luiz Gustavo Pacete
18 de maio de 2016 - 9h59
Desde o início de abril, o Banco Original tem marcado presença constante na mídia, principalmente a impressa, com sua campanha de apresentação como banco digital tendo como garoto propaganda o velocista jamaicano Usain Bolt.



A escolha de Bolt foi a maneira que a holding J&F e a agência de publicidade Fischer encontraram para convidar o público a conhecer o novo serviço do Banco Original. O projeto de construção da marca, desenvolvimento da tecnologia e as estratégias de comunicação demandaram um investimento de mais de R$ 600 milhões.

A campanha do banco, no entanto, gerou a resposta da concorrente Sofisa que com anúncios em mídia impressa, que estrearam no fim de semana pasasado, em comemoração a seus cinco anos de existência, realizada pela agência Santa Clara, traz os mesmos elementos do concorrente como a pista de corrida, o corredor e a frase “mostra ai quem é o banco 100% online brasileiro.”

“A ideia é fazer com que as inovações do banco fiquem cada vez mais evidentes da porta para fora. Uma comunicação mais high-profile, mais dinâmica e até bem humorada é o que planejamos fazer daqui para a frente”, explica Fernando Campos, CCO da agência Santa Clara.

 O anúncio da Sofisa que reivindica o posto de primeiro banco digital

Questionada sobre o tom provocativo dos anúncios, a Agência Santa Clara e o Banco Sofisa informaram ao Meio & Mensagem que a “campanha tem elementos que, de forma leve e bem humorada, exploram similaridades para marcar as diferenças. ”

Marcos Lacerda, CMO do Banco Original, se limitou a reforçar os atributos do Banco Original sem comentar diretamente as provocações da concorrente. “Somos o único banco com estrutura tecnológica e operacional que permite a abertura de conta 100% digital e não possui agências físicas”, disse.

 Usain Bolt, garoto-propaganda do Original

Diferenças à parte, o mercado financeiro digital vem ganhando projeção. Na semana passada, durante o ProXXIma 2016 o assunto tomou o centro da discussões na palestra “O fim do dinheiro”, sobre qual será o futuro do papel-moeda num mundo em que tudo é negociado por meios eletrônicos e na forma de dados.

O debate teve a participação do economista e cientista social da USP, Gilson Schwartz, do presidente da Cubo e Bitinvest, Flávio Pripas, e do diretor de inovação do Banco Original, Guga Stocco, mediados pelo diretor da Bites, Manoel Fernandes. Segundo os palestrantes, com a digitalização, o papel-moeda perde sentido.