Brasil
defende na ONU língua portuguesa e direitos de afrodescendentes
- 28/02/2017 17h07
- Genebra (Suíça)
Da ONU
News
A ministra Luislinda Valois, durante discurso na
34ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na
SuíçaONU News - Imagem: Reprodução vídeo.
A ministra de Direitos Humanos do
Brasil, Luislinda Valois, discursou ontem (27) na 34ª sessão do Conselho de
Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça, defendendo a língua portuguesa
e os direitos dos afrodescendentes. As informações são da ONU News, em Nova
York.
“Inicialmente, cuidemos e mantenhamos a língua portuguesa. Ela também é universal” disse a ministra, numa apresentação de cerca de 12 minutos. A chefe da pasta de Direitos Humanos comentou sobre o combate à corrupção que está sendo feito pelo Brasil e o enfrentamento ao desemprego e à crise no sistema prisional. E disse que o país "está de volta" ao cenário internacional e tem robustez nas suas instituições.
“Inicialmente, cuidemos e mantenhamos a língua portuguesa. Ela também é universal” disse a ministra, numa apresentação de cerca de 12 minutos. A chefe da pasta de Direitos Humanos comentou sobre o combate à corrupção que está sendo feito pelo Brasil e o enfrentamento ao desemprego e à crise no sistema prisional. E disse que o país "está de volta" ao cenário internacional e tem robustez nas suas instituições.
"Temos enfrentado, de forma
diligente, consciente, a crise no sistema prisional, a criminalidade e a
violência urbana, o desemprego aviltante e a pior recessão de que se tem
memória. Estamos recolocando o Brasil nos trilhos," falou.
A ministra pediu aos 47 membros
do Conselho de Direitos Humanos que avancem com uma Declaração dos Direitos dos
Afrodescendentes. "Não vislumbramos um futuro para a globalização sem a
liberdade de não ser discriminado por sua origem (…) ou por preconceito de
qualquer outra natureza. Por isso, temos defendido que se inicie, o quanto
antes, as negociações para a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos
Afrodescendentes."
De acordo com a ministra
brasileira, deve haver ainda liberdade de religião, de credos e convicções.
Luislinda encerrou o discurso citando o presidente brasileiro, Michel Temer, na Assembleia Geral da ONU, em setembro, quando ele defendeu a educação de todos em matérias de direitos humanos para "promover um ambiente de respeito e dignidade".
Ela lembrou ainda dos direitos de
crianças, povos indígenas, negros e das pessoas com deficiência. Desembargadora
aposentada, a ministra é considerada a primeira juíza negra do Brasil.
Edição: Lidia
Neves